quinta-feira, 30 de julho de 2009

Divagações da meia-noite


Divagações da meia-noite

Tanto tempo depois eu achava que não doía mais tanto. Ou que de fato não doía. Equivocado, deparei-me com a dilacerante consciência da dor, mais cruel que a própria dor. E foi assim que percebi que ainda fazia falta, que ainda abalava os alicerces da memória o encontro com a desassossegada história de meio-amor que vivi há séculos.
Odeio as suas máximas, frases prontas, recortadas de um dicionário qualquer de citações. Expressões latinas, aforismos de filósofos da puta que o pariu que enchem de dor a porra de um coração cheio de band-aids!
“Toma um fósforo, acende o teu cigarro/o beijo amigo é a véspera do escarro!” [Gargalhadas] E não é que o desgraçado tinha razão... Em quem se pode confiar, meu caro Watson!? Watson, desce daí, Watson, não mija no tapete! Watson, cachorro maldito, deixa eu escrever sobre a merda da minha vida amorosa!!! Tá, desculpe. Eu sei que é a sua maneira de pedir atenção, carinho! Tá carente também não é, meu amigo!? Amanhã vamos passear, arranjar duas cachorras, uma pra mim, outra pra você, já que somos dois cachorros, que diferem apenas pelo grau de lealdade, de companheirismo, blá blá blá – Tudo bem, você venceu Watson!

Um comentário:

  1. Adoro quando vc deixa o seu lado escritor aparecer!!
    A gente precisa tomar uma cerveja naquele buteco da Asa Norte...
    E conversar...sobre essas coisas que nos afetam e nos tornam isso q somos...

    Bjos!

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