quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Irmãos...

Olá,
Depois de tanto tempo sem postar, dou seguimento ao projeto de um poema-para-cada-irmão. Como tenho muitos irmãos, quando terminar terei já uma antologia. Assim seja!
Abraços,
Rafael.

III

Soneto

Em seu rosto as cicatrizes denunciam
Os quinze anos que teimam em não passar,
Juventude perene diluída
Num copo pendente na mesa do bar

Bebe para equilibrar-se na vida
Para entrever no fundo do seu copo
O caos escondido no fundo do peito

Como se cada gole da bebida
Lhe restabelecesse a juventude
Lhe inventasse um mundo mais perfeito

Ama sem saber palavras de amor
Trancafiado na imaturidade
Seu breve sorriso é quase um clamor
De um menino buscando a felicidade.

4 comentários:

  1. Bela canção fraterna, apenas um irmão -no sentido terno da palavra- conseguiria alcançar alma/sentimentos e pensamentos com uma percepção tão inspirada e sobretudo amorosa!

    :)

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  2. Uau, que texto lindo.
    :')

    "Bebe para equilibrar-se na vida
    Para entrever no fundo do seu copo
    O caos escondido no fundo do peito"

    Poeta.

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